quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Agenda de Janeiro

03/01
Jeff Chagas








10/01
Jean Charnaux





17/01
Apresentação de Documentário Sobre a Bossa Nova







24/01 
Edmo Fraga e Rosana Sabença





31/01
Gloria Ettari







segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Agenda de Novembro

01/11
 Thais Motta




08/11
 Dino Rangel





15/11 
Carlinhos Veiga





22/11
 Jeff Gardner





29/11 
Jane Duboc



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SERTÃO DO SÃO MARCOS - Rua de Cima

Faz tempo que não publico nenhum texto. Peguei esse no blog - abaribo.blogspot.com - de meu amigo querido, irmão e parceiro, Marcos Quinan, de um de seus livros, "Sertão do São Marcos". Quinan é compositor, escultor, escritor e mais umas trezentas atribulações que vc quiser e puder imaginar. Mas acima de tudo, um amigo que a saudade canta com poesia, a todo tempo em meu coração. Quem quiser dar uma olhada em suas músicas e livros, é só dar um pulo no blog. Recomendo tudo. Abraços 

Fernando



"O cavalo de judeu pousou no balcão da venda. Dé Cristão bateu a mão em cima, arrancou a cabeça, jogou fora e comeu o resto, jogando a pinga por cima. Ninguém nem reparou. Todos já estavam acostumados ver ele sentar na venda, beber e comer tudo que andava, voava, nadava ou rastejava. Era nojento, mas era o costume dele.


De cristão só o nome. O resto não tinha nada. Era um sujeito que, diziam, aprendera com a mãe, dona Filinta, a ter governo só pela paga. A viúva, não se sabia de quem, morava na última casa da rua. Um lugar que dava medo em qualquer um.


Dele, se dizia de tudo. Que nunca dormia, que comia de um tudo, mas só cru. Que tinha parte com o diabo e não dava conta de contar quantos já tinha despachado para o inferno ou para o céu; vai lá saber o merecimento de cada um. Não escolhia ferramenta para o serviço, isso era só na hora. Única coisa que aceitava combinação era na paga, o jeito de fazer o serviço, esse não.


Quando perguntado pelo oficio, respondia.

- Ninhum.

Calado demais, rir ninguém ainda vira. Quando estava à toa, era na venda do Manco, bebendo cachaça. Chegava, batia no balcão.

- Como vai, seu Dé?

- ...

Pegava a garrafa no balcão e dali não saía prosa nenhuma.


Dos poderosos, não havia quem não tivesse tido Dé Cristão a seu serviço por algum tempo, e era isso que garantia ele andar por onde quisesse. Até o delegado chamava ele de seu Dé.


Fora do ofício, não fazia mal a ninguém. Era até respeitador: o medo que tinham dele ajudava muito, apesar de saberem que ele não tinha luta sua, só labutava na dos outros.


Em qualquer lugar que fosse, não ia só. A uns cinqüenta metros acima de sua cabeça, sempre o urubu-rei, voando em círculos. Se parado, ele pousava no perto, vez ou outra no ombro de Dé. A noite, na casa, diziam que ele dormia empoleirado na guarda da cama. Mas quem conversava com o urubu-rei era a mãe. Ele era os olhos dela.


Quando em serviço de passamento, tocaia ou coisa carecida de despiste, o bicho sumia; mas não sumia não, voava muito alto para ninguém ver. Na morte semeada, chegava logo. Bicava a melhor parte e seguia no depressa do acoitamento com Dé. Quando era serviço de guarnição, com companheiros, tomava a dianteira ou a traseira para dar os avisos de que careces-sem.


Mês de maio, Dé Cristão voltando da empreita, tendo que margear o Corumbá, no rumo contrário do rumo para misturar rastro. Serviço feito com gente de família grande e importante, carecia cuidado melhor em acoitar nos caminhos.


Urubu-rei deu aviso; era a tropa do Baldino seguindo estrada com uma moça. Entrou no mato, se escondendo. Baldino parou para pouso. Dé Cristão ladeou subindo no corte do morro até varar doutro lado, no emparelho do caminho.


Chegou madrugada minguando no dia. Esperou o Manco abrir a venda, bebeu sua cachaça até o meio da manhã. E foi para casa.


À medida que ia subindo a Rua de Cima, começou a notar os urubus nas taquaras das cercas, nos telhados, nas mangueiras dos quintais. Pôs atenção, não viu o urubu-rei. Voltou à venda e não achou o bicho. Desassossegou, foi no trote rua acima. Ao se aproximar da casa, eram mais urubus assentados nas cercas, nas casas e nos lugares. Quando deu na vista a casa da mãe, o telhado estava preto, a cerca, o terreiro também. Nunca vira tanto urubu. E o urubu-rei voava em círculos, baixo, soltando um grito estridente. Dé Cristão chegou no galope e apeou correndo antes do cavalo parar. Os urubus assentados nem se mexeram. Dé entrou pela porta da casa gritando:

- Mãe...

O corpo estava estendido no rabo do fogão; fogo ali não havia há dias, o corpo já exalava cheiro. Dentro da casa, nenhum urubu, a não ser no batente das janelas abertas. Dé Cristão enterrou a mãe ali mesmo no quintal. Quando acabou, nenhum urubu.


Antes de entrar pela porta da cozinha, ainda com a enxada na mão, quatro tiros acertaram seu peito.


E o urubu-rei soltou um grito estridente ao longe".

Terça de Graça - Outubro

04/10
Nina Ernst





11/10
Tereza Costa





18/10
Clarisse Grova





25/10
Vital Lima



Terça de Graça - Setembro

06/09 
Dandy





13/09 
Samuel Lima





20/09 
Iracema Werneck





27/09 
Yuri Popoff


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Agenda de Agosto

02/08
 Lenna Pablo




09/08 
Rowena Jackson




16/08 
Jacinta Ramos





23/08  
Gabriel Grossi, Leo Amuedo, Fernando Merlino, Nema Antunes e Erivelton Silva

Não postei nenhum vídeo pois será a primeira vez que tocamos juntos. Só tem figurinha carimbada.



30/08 
Idris Boudrioua



quinta-feira, 14 de julho de 2011

Excessos

Fazia um bom tempo em que não postava nada. Muita correria do dia a dia. Hoje ouvi esse texto do Caio Fábio e achei tão lindo que resolvi postar aqui. Espero que faça bem a vcs como fez a mim. Abraços
Fernando


Excessos

Não sejas excessivamente nada...
Nada em excesso faz bem...
Não sejas excessivamente bom para que não te enredes em tua própria bondade, e, assim, te corrompas na presunção de tuas próprias leis de nobreza e misericórdia.
Não sejas excessivamente justo para que a tua justiça não se torne em perversidade.
Não tentes ser amor, mas apenas ama.
Somente Deus é amor.
Nós não sabemos como é ser amor.
Não sejas completamente inclusivo, pois, assim, perderias o teu caráter.
Não sejas completamente exclusivo, pois, assim, perderias a tua alma e tornar-te-í-as empedrado.
Um santo tem que antes ser um bom pecador.
E o caminho para a santidade é vereda do reconhecimento do pecado.
Não busques nem as alturas e nem os abismos.
Se tu chegares num desses pólos... que tenhas sido apenas levado pela vida, não por ti mesmo.
Antes, busca o caminho do equilíbrio e a vereda plana.
Todo excesso destrói o ser!

Caio Fábio
2004
Copacabana
RJ

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Agenda de Julho

Oi pessoal, estamos entrando no nosso oitavo mês. Oito meses de música de primeira e comunhão da melhor qualidade. Abaixo a programação de julho. Me perdoem por não postar nada há bastante tempo. Total falta do "mesmo". Mas o Terça de Graça continua com força total. Abraços pra quem é de abraço e bjs pra quem é de bjs.
Fernando


05/07 
Fátima Regina



12/07 
César Machado



19/07 
Mombaça



26/07
 Dirceu Leite


sábado, 4 de junho de 2011

Agenda de Junho

      07/06 - 
      Kay Lira
     




14/06
Tony Pelosi & Danny Reis




21/06
Mako




28/06
Clara Moreno

sábado, 7 de maio de 2011

Agenda de Maio

03/05
Nelson Sargento e Agenor de Oliveira






10/05
Marianna Leporace






17/05
Andréa Dutra






24/05
Mauro Diniz






31/05
Marcel Powell

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Terça de Graça com Nelson Sargento e Agenor de Oliveira


No nosso próximo Terça de Graça, no dia 03/05, seremos honrados com a presença de Nelson Sargento e Agenor de Oliveira. Não dá pra se pensar em samba, sem falar no nome de Nelson. Compositor de primeira linha, autor de músicas memoráveis, parceiro e companheiro de tanta gente maravilhosa na MPB, Nelson vai escrevendo história pela caminhada da vida. Desta vez com o parceiro Agenor de Oliveira, outro grande nome do samba, que iniciou sua história fonográfica, em 1982, no disco chamado "Cabeças", que foi produzido por Moacyr Luz, e por coincidências da vida, arranjado por Moacyr e por mim, contando ainda com a participação de Humberto Araújo e Romero Lubambo. Agenor vem marcando cada vez mais, seu nome na história da música, como compositor talentoso que é, somado ao cantor carregado de carioquice. 
Nelson recebeu um lindo presente de Moacyr Luz e Aldir Blanc, "Flores em Vida", mas somos nós que recebemos o doce aroma do seu talento. Como tem sido toda Terça, um momento pra não se perder. E pra não se perder antes, aqui vai o caminho das pedras: Teatro Posto 6 - Espaço Libertas - Rua Francisco Sá 51 - Copacabana - 19:30h

Abraços 


Fernando






Histórico - Terça de Graça 8 - Áurea Martins


      No dia 08 de fevereiro, fomos presenteados com a presença de Áurea Martins, sem sombra de dúvida, uma das melhores cantoras do Brasil. Com uma história solidificada na MPB,  Áurea levou o público ao êxtase com suas interpretações carregadas de emoção. Um pouco, só um pouco, da história de Áurea, pois a estrada é longa e cheia de brilho:



 "Inicialmente apareceu quando participou na Rádio Nacional do programa "Tribunal de Melodias", de Mário Lago e Paulo Gracindo. Após a sua apresentação foi contratada pela emissora e passou a integrar os programas de Paulo Gracindo, César de Alencar e Manoel Barcelos. Nesses programas atuava com os também iniciantes Elis Regina, Pery Ribeiro e Evinha.
No ano de 1969, integrando o conjunto Os Siderais, ganhou o primeiro prêmio do programa "A Grande Chance", de Flávio Cavalcanti, na TV Tupi, no qual interpretou "Pela rua" (Dolores Duran e Ribamar), com arranjo de Anselmo Mazzoni. O prêmio foi a gravação de um disco e uma viagem a Portugal. No LP "O amor em paz", com produção de Rildo Hora e arranjos de Luizinho Eça, contou com acompanhamentos do Tamba Trio e a participação especial do escritor Paulo Mendes Campos declamando Vinicius de Moraes, além de gravar clássicos como "Fim de noite" (Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli), "Pra você" (Sílvio César) e "Apelo" (Baden Powell e Vinicius de Moraes), entre outras. Logo depois, passou a cantar na noite carioca se apresentando em casas noturnas, dividindo o palco com vários artistas, entre os quais Emílio Santiago, Elza Soares, Baden Powell, Johnny Alf, Chico Feitosa, Eumir Deodato, Cauby Peixoto, Durval Ferreira, Paulo Moura, Milton Nascimento, Marisa Gata Mansa, Dona Ivone Lara, Carmem Costa, Leci Brandão, Nelson Sargento, Ivor Lancellotti e Zezé Gonzaga.



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Atuou como atriz e cantora na peça "Ensaio Geral da República" de Dalva Lazaroni. Participou de vários discos, como os songbooks de Tom Jobim e Chico Buarque (produzidos por Almir Chediak), além de discos de Délcio Carvalho, Ivor Lancellotti, João de Aquino, Hermínio Bello de Carvalho e Heitor dos Prazeres Filho, entre outros. Integrou o elenco de cantores do bar Carioca da Gema, no Rio de Janeiro, por sete anos desde sua inauguração em 2000.Em 2001, com produção de Dalva Lazaroni e direção musical de João de Aquino, gravou o primeiro CD, disco no qual interpretou Milton Nascimento, Nelson Sargento, Dona Ivone Lara, Elton Medeiros, Ivor Lancellotti, Marcio Proença, Dorival Caymmi, Cartola e Baden Powell.



Em 2003 lançou CD "Áurea Martins", no qual contou com a participação especial de Nelson Sargento. No disco, produzido por João de Aquino, foram incluídas "Viagem" (João de Aquino e Paulo César Pinheiro), "Morro Velho" (Milton Nascimento), "Peito vazio" (Cartola e Elton Medeiros), "Céu e mar", "Guacyra" e "João Velentão" (Dorival Caymmi). Em 2007 gravou, pelo selo Biscoito Fino, o CD Até Sangrar, produzido por Hermínio Bello de Carvalho e co-produzido pelo pianista Zé-Maria Camilotto Rocha. Em 2009 foi consagrada com o "Prêmio da Música Brasileira" como "Melhor Cantora" na categoria MPB. Em 2010 lançou pela Biscoito Fino o CD "Depontacabeça", celebrando seus 70 anos de idade e 50 de carreira. Com produção de Hermínio Bello de Carvalho e Lucas Porto, o disco contou com encarte escrito por Aldir Blanc e incluiu sete faixas inéditas dentre as 14 canções de Hermínio Bello de Carvalho com outros compositores. O lançamento do disco ocorreu no Allegro Bistrô da Modern Sound, no Rio de Janeiro, onde realizou uma temporada de shows semanais. 



Foi a grande homenageada do "2º Seminário A mulher na Música", promovido pelo SindMusi. Evento em que foi exibido o curta-metragem "Áurea", de Zeca Ferreira, antes do show de encerramento, realizado no Lapinha, no Rio de Janeiro, no qual se apresentou acompanhada do Grupo Terra Trio e alguns convidados".












Bom, pra variar, quem não foi, não faz idéia do que perdeu. Ainda tivemos a canja maravilhosa de Daniela Spielmann, do cantor Fernando Nascimento, e a participação especialíssima de Fernando Costa ao piano, e Fernando Pereira na bateria. Eu, imaginem só, ataquei de contrabaixo. Até a próxima.
Abraço
Paz
Fernando

P.S. - Pra quem não viu, um quebra galho.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Terça de Graça com Romulo Gomes



          Nessa Terça, 26/04, teremos o talento e a musicalidade de Romulo Gomes, baixista, violonista, cantor e compositor, com quem tive o prazer de trabalhar várias vezes. Um pouco de sua história:


      "Cantor, compositor e multi-instrumentista, chegou ao Rio em 1991, oriundo de Campos, sua cidade natal. Estudou com Adriano Giffoni, Paulo Russo, Nico Assumpção, e Teoria Musical na Cigam, onde posteriormente se tornou professor de violão e harmonia.

      No Rio de Janeiro, aos poucos foi se inserindo no mercado musical. Trabalhou em casas noturnas, hotéis e shows de diversos artistas. Atuou como baixista, violonista, cantor, arranjador e produtor de vários discos de artistas de renome como Rosana, Sueli Costa, Ed Motta, Simone, Fátima Guedes, Maria Bethânia, Adriano Giffoni, Johnny Alf, Ivan Lins e Nana Caymmi.

      Um dos fundadores da "Confraria dos Compositores", grupo de novos talentos da MPB que se reunia no Bar Palpite Feliz, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro.

      Em 1998, lançou o primeiro CD "Jeito livre de amar". Em 1999 e 2000, fez parte da banda que acompanhou Maria Bethânia no show "A força que nunca seca". Participou de shows importantes como "Maria Bethânia e Gal Costa", no Rio de Janeiro e São Paulo; "Maria Bethânia e Caetano Veloso", em Lisboa e "Maria Bethânia, Gilberto Gil e Naná Vasconcelos", em Paris. Fez parte da banda que acompanhava Johnny Alf, com quem tem diversas parcerias". 

      Mais uma vez, uma Terça com boa música, um bom bate papo, e aquele lanchinho, que ninguém é de ferro. Apareçam

Paz

Fernando



sexta-feira, 15 de abril de 2011

Terça de Graça com Simone Lial


      Nessa Terça, dia 19/04, teremos o privilégio da presença de Simone Lial. Dona de uma voz densa, encorpada e, ao mesmo tempo, delicada e elegante, Simone Lial é apontada pela crítica especializada como uma das melhores cantoras reveladas na noite da Lapa. Versando com todas as possibilidades musicais, esta carioca nascida sob o signo de Áries com ascendente em Leão e lua em Peixes constrói sua bem lapidada arquitetura sonora tendo como base um genuíno amor à MPB.


      Simone Lial está em fase final de produção de seu mais recente CD, o qual tive a honra de participar, tocando algumas faixas. Com certeza, teremos música de primeira qualidade. Espero vcs por lá.

Abraço

Fernando

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Histórico - Terça de Graça 7 - Cláudio Jorge


      No dia 01/02,  tive a companhia maravilhosa de meu grande amigo, e parceiro de tantas gravações e shows, Cláudio Jorge. Encontro esse, enriquecido pela presença de mais dois amadíssimos amigos, e também parceiros constantes de gravações e shows, o baixista Ivan Machado, e o bateirista Camilo Mariano.

Camilo Mariano
Ivan Machado/Cáudio Jorge










      Achei esse belo texto, do grande Nei Lopes, a quem tenho a honra de acompanhar, em seus shows, falando com a maestria costumeira, sobre Cláudio:


      "A Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana, sonho do autor destas linhas que já está quase virando realidade, consigna: “CLÁUDIO JORGE [de Barros] (1949- ) – Violonista, guitarrista, compositor e cantor nascido no Rio de Janeiro, RJ. Instrumentista de sotaque acentuadamente brasileiro, é freqüentemente requisitado para gravações e espetáculos no Brasil e no exterior. Compositor, é parceiro de Martinho da Vila, Cartola, João Nogueira e Nei Lopes, entre outros, em canções gravadas por vários intérpretes da música popular brasileira. A partir do final da década de 1990, tornou-se também conhecido e respeitado como arranjador e produtor musical”. 

    Evidentemente que, por servirem a um texto de enciclopédia, as informações aí em cima são frias e calculadas. Mas o Cláudio Jorge é muito mais, querem ver só? 


     Neto e filho de jornalistas boêmios e festeiros, CJ foi picado muito cedo pelo vírus da música. E, rapazola ainda, já estava ele abraçado ao violão, com o qual acompanhou, inclusive, Ismael Silva e Clementina de Jesus. Foi esse violão que levou CJ ao exterior, tocando com Sivuca, para ter sua arte admirada na Europa, na África, nos Estados Unidos e no Japão. Arte de músico solista e acompanhante que mereceu elogios de gente como, por exemplo, o gaitista Toots Thielemans. E que, nos anos 70, o levou ao disco, em uma gravação na Alemanha, ao lado de Sebastião Tapajós e Joel Nascimento, e em outra brasileira, pela antiga Odeon, na qual também soltava a voz. 





    Mas, ao mesmo tempo em que aparecia e se internacionalizava, participando, inclusive, do CD “Brasileiro”, de Sérgio Mendes, premiado com o Grammy, CJ, na parceria com João Nogueira, voltava ao seu quintal suburbano, do Cachambi. E pela mão de Martinho da Vila chegava à avenida. Pois há mais de dez anos, é de CJ o violão que, na avenida, dá o tom e a harmonia para os sambas da Unidos de Vila Isabel. E essa aproximação acabou, obviamente, levando-o a integrar a ala de compositores da escola, com orgulho e vibração. 




      Cláudio Jorge, meu parceiro em dezenas de composições, como também o é, talvez com menos freqüência, de Wilson das Neves, Luiz Carlos da Vila, Ivan Lins, Aldir Blanc, Martinho e tanta gente boa, é um grande compositor, tão bom melodista quanto letrista. E é músico de verdade, brasileiríssimo em sua arte, além de um combatente nas lutas de nossa profissão". 

    

    Nei Lopes
    Vila Isabel, fevereiro, 2001.



      
      Nessa noite, tivemos também a participação de Irinéa Maria Ribeiro, que fará  sua apresentação em 12 de abril.  Foi uma grande farra, e motivado por esse nosso encontro, falei um pouco da importância das amizades, como construções sólidas em nossas vidas, e que enchem nossos corações de verdadeira e duradoura alegria. 







                         


      A cada semana, tenho experimentado um prazer imenso, pelo fato de tocar e ouvir ótima música, encontrar amigos queridos, e poder falar de maneira singela e simples, de como vive uma vida verdadeira, e não uma existência vazia e sem significado, caminhando de mãos dadas com Deus. Obrigado a todos que têm comparecido, e aos que me ajudam das mais variadas e carinhosas formas. Bj em todos.
Paz
Fernando