O que estou tentado fazer aqui, é evitar que se diga a maior tolice que muita gente diz por aí, a respeito de Cristo: "Estou pronto para aceitar Jesus como um grande mestre da moral, mas não posso aceitar a sua reivindicação de ter sido Deus". Essa é uma daquelas coisas que não podemos dizer. Um homem que não tivesse passado de homem, e dissesse o que Jesus disse, não poderia ser um grande mestre da moral. De duas, uma: ou ele teria sido um lunático - do mesmo nível do homem que diz ser um ovo cozido - ou então poderia até ser o próprio diabo. Você terá de fazer a sua própria escolha. Ou ele era e é, o filho de Deus, ou então, era um louco ou algo pior. Você poderia prendê-lo num manicômio, cuspir na cara dele, ou matá-lo como a um demônio; ou então, poderia cair a seus pés, e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas não me venha com essas bobagens paternalistas sobre ele ter sido um grande mestre humano. Ele não nos deixou escolha. E nem pretendia deixar.
de "Cristianismo Puro e Simples" - C. S. Lewis
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